quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Máfia italiana lava dinheiro em Portugal

Judiciária apanha um dos mais perigosos mafiosos da Sicília




Giovanni Lore, um dos mais perigosos chefes da máfia siciliana, procurado por toda a Europa, foi capturado em Carvalhal, no Bombarral. Estava numa vivenda usada como sede de um grupo criminoso que, através de um esquema de burlas, branqueava dinheiro, nomeadamente de origem mafiosa, e foi detido na quinta-feira, pela PJ de Leiria, com mais três italianos, dois portugueses e uma mulher brasileira.

Chefe de máfia italiana é detido graças ao Facebook

A polícia da Itália deteve nesta terça-feira Pasquale Manfredi, um dos 100 criminosos mais perigosos do país e apontado como um dos chefes da Ndrangheta, a máfia calabresa.

A detenção só foi possível porque Manfredi costumava acessar sua página no Facebook de seu esconderijo. Para isso, ele usava um modem USB, cujo sinal foi interceptado pelas autoridades.

O mafioso, chefe do clã Nicósia-Manfredi, que controla a região de Isola Capo Rizzuto, em Crotone, estava foragido desde novembro de 2009. Ele é acusado de formação de quadrilha, homicídio, extorsão, tráfico de drogas e porte ilegal de armas.

O mafioso foi detido em Isola Capo Rizzuto. Ele estava na casa que usava como esconderijo. Ao perceber que o local estava cercado pela polícia, tentou fugir pelo terraço, mas não conseguiu.

Os investigadores consideram Manfredi um "assassino perigoso" e o acusam de ter matado membros de clãs rivais.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Máfia italiana usa portos brasileiros para traficar drogas

Em 2010, Polícia Federal apreendeu quatro toneladas de entorpecentes que seriam levados para a Europa
Investigações apontam atuação da Sacra Corona Unita no país, facção conhecida como a quarta máfia italiana
PLÍNIO FRAGA
HUDSON CORRÊA
Folha de São Paulo - DO RIO
Quatro toneladas de drogas apreendidas em portos brasileiros com destino à Europa, em 2010, apontam para a expansão do tráfico internacional usando infraestrutura brasileira, com presença crescente de máfias italianas, indica a Polícia Federal.
Entre as atuações detectadas estão facções criminosas como a Sacra Corona Unita, a chamada quarta máfia italiana, a que mais expande sua atuação no Brasil, segundo investigadores da PF.
Em 2010, quase 25 toneladas de cocaína foram apreendidas no Brasil, quase 3% do total interceptado no mundo -mais de 710 toneladas.
Quase um quinto da droga apreendida no Brasil vem de operações feitas nos portos brasileiros, com apoio de agências de combate às drogas de diversos países.
Segundo a ONU, o Brasil respondia por 10% da origem dos navios apreendidos com drogas que rumavam em direção à Europa entre 2006 e 2008, atrás apenas de Ven ezuela (51%), Caribe (11%) e África Ocidental (11%).
No dia 15 de novembro, a polícia italiana apreendeu sua maior quantidade de drogas dos últimos 15 anos em um navio que passou por portos brasileiros com uma tonelada de cocaína escondida em maquinário agrícola.
Em outubro, a PF interceptou um caminhão com 237 quilos de cocaína que iriam para Itália pelo porto de Itaguaí (RJ). O italiano Emanuele Savini foi preso.
Segundo a juíza federal Valéria Caldi Magalhães, o esquema "aponta de forma veemente para a existência de uma estrutura adredemente preparada para a traficância constante de cocaína para a Itália, por meio do porto de Itaguaí".

ROTAS
Os dois episódios recentes -o primeiro cuja operação é atribuída à máfia "Ndrangheta e o segundo à Sacra Corona Unita- dimensionam o grau de atuação no Brasil das organizações criminosas.
Segundo a PF, o tráfico expande as rotas de acesso à Europa, co meçando a usar portos do litoral mediterrâneo em vez da costa atlântica, em viagens que partem de portos brasileiros.
As investigações da PF já detectaram rotas de tráfico de drogas que passam pelo país e que são ligadas às quatro grandes máfias italianas: Cosa Nostra (com base na Sicília); Camorra (Campanha); "Ndrangheta (Calábria) e Sacra Corona Unita (Puglia).
A Sacra Corona é a mais jovem das máfias italianas (leia mais na pág. C9).
Também é apontada pela Direzione Investigativa Antimafia (DIA), responsável pelo combate ao crime organizado na Itália, como envolvida com o tráfico de armas e mulheres, exploração sexual, contrabando de cigarros e produtos eletrônicos.
Em 2004, foi preso em São Vicente, no litoral sul de SP, o italiano Fabio Franco, apontado pela Interpol como o segundo homem na hierarquia da organização.
Segundo a polícia italiana, o grupo, por meio do Brasil, traficava cocaína, haxixe, maconha e ecstasy e gerenciava o jogo clandestino.